Por trás de qualquer grande transformação digital, há uma transformação cultural ainda maior, mais silenciosa, mas muito mais determinante.
Essa é a principal lição do projeto conduzido no Hospital Sírio-Libanês, um dos centros de referência em saúde no Brasil. Ao migrar toda sua operação para o ecossistema Google Workspace, a instituição não apenas trocou de ferramentas, mas reposicionou a forma como sua cultura operacional entende tecnologia, colaboração e aprendizado contínuo.
Apesar da natureza tecnológica da mudança — envolvendo uma migração completa de sistemas e fluxos de trabalho para uma nova suíte de ferramentas — o sucesso do projeto não pode ser atribuído à tecnologia em si. Ele se deu por decisões conscientes de gestão de mudança e pelo cuidado em preparar pessoas, não apenas infraestruturas.
O Sírio-Libanês é, em escala e complexidade, equivalente a uma cidade. Múltiplos perfis profissionais convivem com rotinas críticas e agendas imprevisíveis. Por isso, qualquer virada sistêmica exige mais do que bons sistemas: exige adesão ativa das pessoas que vão usá-los todos os dias.
Um dos diferenciais do projeto foi o uso de Google Guides — colaboradores que atuaram como facilitadores da mudança em seus times. Eles foram treinados antecipadamente, testaram as ferramentas antes da maioria dos colegas e atuaram como referência local durante toda a jornada de adoção. Quando a transformação nasce de dentro, ela encontra menos barreiras. Ao envolver colaboradores desde o início, o processo deixou de ser uma imposição técnica e passou a ser uma mudança compartilhada.
Migrar sistemas é um marco técnico. Fazer com que esses sistemas sejam utilizados de forma produtiva é um marco cultural. O projeto do Sírio foi pensado em fases, com uma abordagem progressiva que permitiu que:
Esse cuidado com o ritmo da implantação e a curva de aprendizado realista foi determinante para que, um ano depois, fosse possível não apenas concluir a migração, mas celebrar os resultados concretos de produtividade e colaboração — inclusive entre médicos e áreas assistenciais.
A Gentrop, parceira do projeto junto ao Google, assumiu um papel além da entrega técnica. Atuou como consultora estratégica, trazendo:
A atuação próxima e contínua da equipe garantiu fluidez na execução do projeto e gerou a confiança necessária para tomadas de decisão estratégicas ao longo do caminho. Ao final da jornada, os resultados transcenderam o plano técnico-operacional. Os impactos mais relevantes foram percebidos no dia a dia das equipes: um novo senso de autonomia, maior abertura a formas contemporâneas de trabalhar e melhoria concreta na experiência profissional — inclusive em áreas administrativas da saúde, historicamente marcadas por processos burocráticos e rigidez estrutural.
O projeto do Hospital Sírio-Libanês deixa claro que ferramentas não mudam uma organização, pessoas mudam. Mas elas precisam ser preparadas, ouvidas e envolvidas no processo. É esse o tipo de transformação que sustenta não apenas uma nova tecnologia, mas uma nova forma de pensar o futuro do trabalho, da saúde e da liderança.
Em breve, vamos publicar no YouTube o vídeo completo deste case, com bastidores da operação, depoimentos e os aprendizados reais por trás dessa virada cultural. Enquanto isso, vale a reflexão:
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